Mostra Time to Act – Cine G20, em parceria com a Academia Brasileira de Cinema, usa filmes para a mobilização contra a emergência climática

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Créditos: GOV Rj.

Nos dias 11 e 12 de novembro, a Casa G20, que funciona na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, recebe a Mostra Time to Act – Cine G20, realizada em parceria com a Academia Brasileira de Cinema. O objetivo é utilizar o cinema como uma ferramenta de conscientização e mobilização sobre temas como a emergência climática, aliando informação e emoção.

Serão quatro longas-metragens, entre eles, “O Efeito Casa Branca” (2024), dirigido pelo brasileiro Pedro Kos e pelos norte-americanos Bonni Cohen e Jon Shenk. O filme, que fez sua estreia mundial no Festival de Telluride em agosto e nacional no Festival do Rio, em outubro, conta a origem da construção da emergência climática desde a Revolução Industrial e mostra como uma disputa política no governo de George H.W. Bush mudou o curso da história.

Completam a seleção de longas “Uma Baía” (2021), de Murilo Salles, “Rio 40 Graus” (1955), de Nelson Pereira dos Santos, e “Ailton Krenak – O Sonho da Pedra” (2017), de Marco Altberg, cuja sessão será seguida de debate com Krenak e o diretor.

Quatro curtas-metragens integram a programação: “Caiçara” (2022), de Oskar Metsavaht e Victoria Visco Mendonça, “Ilha das Flores” (1989), de Jorge Furtado, “It All Starts with a Dream” (2022), de Luciana Brafman, e “Seu Estilo Seu Impacto”, de Luciana Brafman e Ricardo Carioba. 

Após cada sessão, haverá debate mediado por Melina Dalboni, jornalista, escritora e roteirista dos filmes “A Paixão Segundo G.H.” (2023), de Luiz Fernando Carvalho, e “Tire Cinco Cartas” (2023), de Diego Freitas. 

– A arte, como o entretenimento, transforma. O cinema tem o poder de tocar as pessoas pela emoção e provocar reflexão e mudança de comportamento. É uma grande oportunidade estarmos na Casa G20, uma semana antes do G20, para ter essa voz por meio do cinema majoritariamente brasileiro, com filmes sobre questões socioambientais – disse Luciana Brafman, diretora-executiva da Time to Act

Presidente da Academia Brasileira de Cinema, Renata Almeida Magalhães declarou que o cinema tem o poder de promover diálogos por meio de imagens, sons e olhares atentos.

– O meio ambiente é o assunto do mundo. Apesar de todos os avisos, parece que só agora, vivenciando as consequências do aquecimento global, nos demos conta de que só nós mesmos podemos agir para curar a Terra que nós mesmos estamos destruindo. O cinema é ferramenta fundamental para o entendimento do que estamos vivendo hoje em todo o planeta. A Academia Brasileira de Cinema se sente muito honrada por poder contribuir com a Time to Act para falarmos de tudo isso e debatermos por meio dos filmes – afirmou.

PROGRAMAÇÃO

Segunda-feira (11/11) – 14h 

“Caiçara” (2022), dirigido por Oskar Metsavaht e Victoria Visco Mendonça 

Curta que aborda a problemática da pesca predatória versus pesca artesanal por meio do conhecimento ancestral de um jovem pescador “caiçara” da comunidade de habitantes tradicionais do litoral do Sudeste e do Sul do Brasil. 

Debate após a sessão com Oskar Metsavaht

“Uma Baía” (2021), dirigido por Murilo Salles 

A partir do modo observacional do documentário, “Uma Baía” tece oito fábulas visuais que fazem pulsar o que dá sentido às jornadas pela sobrevivência de cada um de seus personagens. São investigações sobre os conflitos entre vida e história, entre a beleza da baía com o espanto de seus personagens no entorno da Baía de Guanabara. 

Debate após a sessão com Murilo Salles e Carlos Eduardo Frickmann Young (coordenador do Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – GEMA/IE/UFRJ)

Segunda-feira (11/11), às 18h

“Ilha das Flores” (1989), dirigido por Jorge Furtado 

Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. O filme segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos. (duração 13 minutos)

Debate após a sessão com Jorge Furtado

“O Efeito Casa Branca” (2024), dirigido por Pedro Kos, Bonni Cohen e Jon Shenk

Há três décadas, o mundo estava pronto para deter o aquecimento global. Usando exclusivamente material de arquivo, o documentário relata a dramática origem da crise climática e mostra como uma batalha política no governo do presidente George H. W. Bush mudou o curso da história. (duração 96 minutos – classificação 12 anos)

Debate após a sessão

Terça-feira (12/11), às 14h

“It All Starts with a Dream” (2022), dirigido por Luciana Brafman

Breve história do ativismo ambiental. Documentário que reporta alguns dos principais movimentos pelo meio ambiente, do final do século 19 ao início do século 21. (duração 19 minutos)

Debate após a sessão com Luciana Brafman e Carolina Bastos

“Rio 40 Graus” (1955), dirigido por Nelson Pereira dos Santos 

No Rio de Janeiro, em um dia intenso de verão, cinco garotos pretos e pobres saem da favela onde vivem para vender amendoim pela cidade. Percorrendo os quatros cantos do Rio, eles vivem e presenciam casualidades e incidentes cariocas, verdadeiras desventuras urbanas que destrincham a realidade urbana carioca daquele período. (duração 100 minutos – classificação 14 anos)

Debate após a sessão com Diogo Dahl

Terça-feira (12/11), às 18h

“Seu Estilo Seu Impacto” (2024), dirigido por Luciana Brafman e Ricardo Carioba 

Documentário que aborda os desafios da indústria da moda e apresenta personalidades e marcas que estão construindo um caminho mais sustentável neste mercado. 

Debate após a sessão com Luciana Brafman, Ricardo Carioba e Carolina Bastos

"Ailton Krenak – O Sonho da Pedra" (2017), dirigido por Marco Altberg

O documentário traça o pensamento e a trajetória de Ailton Krenak, líder indígena natural de Minas Gerais, descendente da etnia Krenak, outrora chamados Botocudos. Depois de estudar em São Paulo, Ailton tornou-se atuante na defesa dos povos indígenas. Ao viajar pelo Brasil e pelo mundo, transformou-se numa espécie de embaixador das culturas originais brasileiras. (duração 52 minutos – classificação livre)

Debate após sessão com Ailton Krenak e Marco Altberg


Foto: Miguel Sá


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