Sustentabilidade no futuro é tema de debate na Casa G20

Imagem da notícia

Créditos: GOV Rj.

Nesta terça-feira (24.09), a Casa G20, localizada na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, recebeu o evento “Diálogos Sustentáveis”, promovido pela Lamparina Comunicação e Sustentabilidade. O encontro reuniu autoridades, líderes de movimentos sociais e membros da sociedade civil para debater medidas para a criação de um futuro sustentável.

A palestra de abertura contou com a participação da jornalista e apresentadora Priscila Chagas. Ela comentou que o Brasil enfrenta a pior seca em 44 anos, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

– Os fenômenos que os cientistas acharam que aconteceriam daqui a 100 anos, estão começando a acontecer agora. O ano de 2023 foi o ano mais quente que já tivemos na história – explicou Priscila.

O primeiro painel abordou as mudanças climáticas. O foco foi nos impactos e desafios de inovação e tecnologia frente a essas transformações, principalmente em relação à água.

A gerente de Meio Ambiente da Iguá, Natália Rodrigues, enfatizou a relação do saneamento e da saúde pública. Levantamento da Unicef mostrou que, todos os dias, cerca de 100 crianças abaixo de cinco anos morrem de diarreia decorrente da ausência de saneamento básico. Com investimento em saneamento, o risco de diarreia diminui em cerca de 25%.

A segunda mesa debateu os desafios na indústria da moda e consumo responsável, economia circular, geração de renda e impactos ambientais do setor. Estudo do Sebrae revela que apenas 20% dos resíduos têxteis descartados no Brasil são reciclados. 

A diretora de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Silmara Ferraresi, afirmou que o Brasil se tornou o maior produtor e exportador de algodão responsável do mundo, além de ser o sétimo maior fornecedor para a indústria têxtil global. Na safra de 2022-2023, foram gerados mais de 30 mil empregos diretos e formais a partir do cultivo de algodão responsável. 

Representante da Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade (SEAS-RJ), Carolina Muller, ressaltou a importância do desenvolvimento de um estudo técnico e econômico na cadeia reversa, com objetivo de construir políticas públicas adequadas para o setor. 

– É muito interessante termos espaços de diálogo, visto que a moda é um segmento que tem um impacto ambiental muito severo. A SEAS tem implementado ações como o ICMS ecológico, tem criado ações de planejamento de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), desdobrado essas ações nos municípios – disse Carolina. 

O encontro também contou com debate sobre cooperação no combate às mudanças climáticas e seus reflexos sociais. 

A subsecretária estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Aline Forasteiro, frisou que as mudanças climáticas são desafios muito grandes para a gestão pública, principalmente nas áreas mais vulneráveis. Em janeiro deste ano, foi registrado um aumento de 220% do volume de chuva no Rio. Segundo Aline, a pasta atua na assistência e proteção das pessoas vítimas de tragédias.


Publicado por: